O Fadista Madragoa

quinta-feira, novembro 10, 2005

Terrorismo económico



É o clássico do presente envenenado. Do pauzinho com a cenoura pendurada.
O BCP propõe ao estado português a integração do seu chorudo fundo de pensões no regime da Segurança Social. Representaria um aumento considerável do PIB. Serviria, como a golpada da Caixa Geral de Aposentações, para atenuar o défice. Até parece bem.

A mim mete-me nojo. Porquê?

Privatiza-se a riqueza do Estado e nacionalizam-se os problemas dos privados? A troco de quê?
Durante anos os bancários foram uma classe privilegiada com regalias próprias. Ainda bem. Era sinal que o cariz privado da banca funciona e que esta podia oferecer condições atractivas aos seus empregados.
Agora, apesar da saúde financeira da Banca, o BCP lembrou-se desta manobra maquiavélica. "Vamos pôr o Estado a pagar aos nossos reformados". E o que é que o BCP oferece a Portugal em troca? Um ano de atenuação artificial de défice? Não obrigado. Se o BCP está com problemas em assegurar a reforma dos seus, que tivesse pensado nisso a tempo. Ou melhor, que vá ao BES pedir uns empréstimos... ou sobreiros... ou que vá falar com o Vale e Azevedo sobre offshores.
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