Alemanha 1 - Portugal 0

Pois é, o Cardeal Policarpo que tire o cavalinho da chuva, porque o próximo Papa é o alemão Ratzinger.
A igreja católica, igual a si própria, aposta num homem à sua imagem - um ex-membro da Juventude Hitleriana, teólogo ortodoxo do conservadorismo, que acredita que "a única verdade é a da Igreja Católica". Deixai que venham a mim as criancinhas.
Aparentemente, e num acto de desespero, Policarpo ainda entoou um hino da Mocidade Portuguesa, mas tal, se bem que entusiasmante para Paulo Portas, não impressionou muito os Cardeais reunidos na Capela Sistina. Não é só na União Europeia que a Alemanha nos lixa.

Bento XVI foi o nome artístico escolhido por Ratzinger. Logo neste pequeno pormenor, o novo Papa demonstra o seu desinteresse na inovação. Bento não sei quantos. Um Bento qualquer.
Em vez de criar uma ruptura com o passado, apelando a novos fiéis, cativando pessoas que ansejam por depositar a sua fé numa igreja moderna e aberta, Bento 327, ao que tudo indica, cultivará o aborrecimento e monotonia em que a Igreja Católica se tem especializado.

Pobre Policarpo. Ele tinha na manga o mais genial golpe-de-asa da história do pontificado - Elvis. "O" Elvis. Ele. Como seria diferente a Igreja Católica com um Papa Elvis. Por um lado aproveitava-se o elan do "ele vive", por outro tornavam-se os milhares de casamentos celebrados em Las Vegas um bocado mais católicos. As possibilidades seriam ilimitadas.

Bom, agora resta-nos o consolo de uma qualquer "vitória moral do Catolicismo" e esperar pelo mundial de 2006 pela vingança.