Levantamento Linguístico

Gostava que me ajudassem num pequeno exercício, a pedido, imagine-se, do meu pai. Ele anda a fazer uma espécie de "levantamento linguístico" e pediu-me ajuda.
Trata-se de escrever o maior número de "expressões populares comparativas", que vocês já tenham ouvido. Por exemplo:

- Esperto que nem um rato
- Rápido como um corisco
- Bruto como as casas
- Estúpido que nem uma porta
- Teimoso como um burro
- Branco como a cal
- etc

Se tiverem esgotado as idéias, pensem em todos os adjectivos que conhecem...

Non, non, non!

Os franceses foram os pais da "Europa" e do ideal Europeu. Foram-no, de certa forma, para tentar contrariar a predominância da Inglaterra e da Alemanha. Desta forma, despolarizava-se a Europa. Se não os podes bater, junta-te a eles.
Agora, incapazes de esconder a sua característica xenofobia latente, e também, obviamente, o desgaste trazido pela convivência pessoal com o norte de África e inúmeras crises sociais, assustados com o espectro Turco, os franceses claudicam.
Mas os pais da Europa têm filhos. Nós. Os Europeus. E felizmente os nossos pais educaram-nos bem. Deram-nos a mentalidade europeia para lutar por algo comum. Espero que, perante esta pseudo-crise do "Non", a Europa continue a olhar em frente, esperando que os seu pais se recomponham de uma fugaz crise de identidade.

A Saga de Joselito

Ao longo dos tempos, vários têm sido os dignos representantes do nome Joselito. Todos partilham o mesmo gosto pelas artes representativas e por actividades ridiculamente perigosas.
Se forem à enciclopédia, provavelmente encontrarão "Joselito - indivíduo extremamente dotado, com especial talento artístico, inconscientemente destemido; artista que não teme o Perigo".

Agora vou-me montar no meu tricíclo e saltar sobre um enorme fosso com crocodilos enquanto canto "O sole mio" e faço o jantar.

Joselito - Toureiro 1

Um dos grande matadores da actualidade

De "luces" 

Joselito - Artista da Canção

O rouxinol dos anos 60

Menino prodígio da canção

Joselito - Toureiro 2

Joselito - El Gran Toreador

El Gallito en acción

Joselito - Artista de Circo

O artista intemporal do Poço da Morte - "Cuidado Joselito!"

Acrobacias e voltas loucas numa relíquia

Está aí a retoma! ou Há mais benfiquistas que Portugueses

Retrato d'O português

O Benfica lá ganhou o campeonato.
Sim, a tal liga de homenzinhos de bigode, corruptos e de gosto duvidoso.
O que me impressiona neste feito, não é o aspecto desportivo mas sim o sociológico.
Assim que terminou o último jogo do Benfica no campeonato, uma massa enorme de gente saiu à rua para celebrar a conquista alcançada. Mais gente do que as que sairam para celebrar os heróicos feitos de Portugal no Euro 2004.
Isto só pode querer dizer uma coisa - há mais benfiquistas do que Portugueses. Mais, se os benfiquistas quisessem, poderiam facilmente derrotar Portugal numa guerra e fundar um estado independente - a Benficolândia. Que lindo seria.

Imaginem a zona que vai desde o Centro Comercial Colombo até ao Estádio da Luz incluíndo, claro, o MediaMarkt. Do Algarve até ao Minho, terraplanava-se tudo e clonava-se o estádio, o centro comercial e a loja de electrodomésticos até não poder mais.
Restaria apenas o enclave da Mongolândia também conhecido como Puorto. A Mongolândia seria também renovada e tranformada numa gigantesca casa de alterne. As pessoas entreter-se-iam a deixar crescer bigodes, receber favores sexuais de imigrantes clandestinas, e fazer figuras de urso variadas, como, por exemplo, ir para a Av. dos Aliados violar de várias formas o código civil e penal. Em movimentos tectónicos tipo "Jangada de Pedra", os Açores derivavam para Oeste e fundiam-se com Newark, a Madeira já sem o Alberto Separatista (limitado nos seus mandatos coitadinho) vinha chocar com o Continente das Antas e integrava-se na Mongolândia. Tudo arrumadinho como deve ser.

Na Benficolândia viver-se-ia na prosperidade. Toda a gente a passear de fatinho de treino da Loja do Benfica, a comprar torradeiras de 7 euros. PIB, défice, recessão, seriam palavras do passado. Nos noticiários, não se debateriam temas aborrecidos como "em que medida o aumento dos impostos contribuirá para a atenuação do endividamento do Estado" mas sim coisas interessantes como "o Simão deve ou não inventar mais um penteado rídiculo" ou "este último álbum do Mantorras vai conquistar as damas, mano".
A Benficolândia obviamente não se limitaria a esta pontinha da "Península uma vez Ibérica que tem os Espanhóis mortinhos por emigrar para a Benficolândia". Seria o estado colonial exemplar.
Depois da fundação da Benficolândia, os benfiquistas residentes noutros países rebelar-se-iam e fundariam, eles também, os seus oásis benfiquistas. Com as suas poderosas colónias de Saint Simon (ex-Paris), Kaiser Veiga (ex-Genebra), Moreira Devia Ser Titular (ex-Caracas), Mantorrasland (ex-Newark) e Manuel Fernandes (ex-Maputo, ex-Lorenço Marques), o super-estado Benficolândia teria então condições para dominar no plano internacional. Têxteis chineses? Nem pensar! A camisolinha do Luisão é cá feita! George Bush?? Estamos servidos de pontas-de-lança, obrigado.

Que venha essa retoma! Que os Portugueses sejam hoje todos benfiquistas, ponham um sorriso nos lábios, e olhem para a frente com optimismo.
Deixemos, de uma vez por todas, de ser os Portugueses que somos. Benfiquistas apáticos, de pés amarrados, chutados dum lado para o outro por dedos que não nos pertencem...

Star Wars

Parece que estreou ou vai estrear mais um Star Wars.
Haverá alguém no mundo que ainda não tenha perdido o fio à meada?
Este é o último que é suposto ser o terceiro que sai 28 anos depois do primeiro que afinal era o antepenúltimo. ARGHHH.
Tenham dó. Lancem antes o Sózinho em Casa 7, e deixem o Star Wars em paz.
Para alguma sanidade mental temos, claro, o cinema português. Onde não há sequelas. Pelo menos não havia até ter aparecido o Balas e Bolinhos 2.
Imaginem o que seria se o Manuel de Oliveira entrasse na onda das sequelas...

Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Poque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.


Sophia de Mello Breyner Andresen, Mar Novo (1958)

Ecce Homo

Desbaratamos deuses, procurando
Um que nos satisfaça ou justifique.
Desbaratamos esperança, imaginando
Uma causa maior que nos explique.

Pensando nos secamos e perdemos
Esta força selvagem e secreta,
Esta semente agreste que trazemos
E gera heróis e homens e poetas.

Pois Deuses somos nós. Deuses do fogo
Malhando-nos a carne, até que em brasa
Nossos sexos furiosos se confundam,

Nossos corpos pensantes se entrelacem
E sangue, raiva, desespero ou asa,
Os filhos que tivermos forem nossos.

José Carlos Ary dos Santos

A crise da minha fé

Raphael - Crucifixion with Sts Mary Virgin, Mary Magdalen, John and Jerome
c. 1503


Bem, agora que já acordei, posso escrever algo um bocado mais sério.

É de facto curiosa a voracidade com que a comunicação social, os comentadores e o povo se atiram à Igreja Católica. É, de facto, presa fácil.
E porquê? Eu penso que tem a ver, acima de tudo, com os seguintes factores.

Concordo em absoluto, com o novo Papa, que a pureza doutrinal da Igreja Católica, é, realmente, crucial para o seu sucesso. Se a igreja não for consistente na sua doutrina, a fé começa a acinzentar-se. No entanto, a Igreja Católica (e quando me refiro a Igreja Católica, refiro-me aos seus mais altos responsáveis no Vaticano), ainda não percebeu que é um Estado Político inserido numa ordem política internacional. A pureza da doutrina tem que ser politicamente adequada (não mudada!) à realidade das nações e dos povos. Isso, hoje, não é feito com sucesso pelo Vaticano. Por isso é que coisas ideologicamente tão puras como o Cristianismo e o Comunismo são hoje ridicularizados pela generalidade das pessoas. Postos no mesmo saco. O saco dos dinossauros. O saco dos patetas. Que pena que assim seja.

Por outro lado, existem as causas pessoais. Entenda-se a fé religiosa de cada um. Eu, por exemplo. Não sendo católico, preocupo-me verdadeiramente com a Igreja Católica. Sou português, cresci exposto à fé e à Igreja Católica portuguesa. Tenho pena de ver que a Igreja, cada vez mais, não está a satisfazer as necessidades espirituais das pessoas (as minhas não está concerteza). Talvez esta frase nem esteja certa. Que a Igreja não está a conseguir guiar as suas ovelhas da forma que se tinha proposto. Que não consegue dar rumo às pessoas, num mundo cada vez mais incompreensível. Tenho realmente pena de não poder considerar a Igreja Católica como uma coisa "útil" ao mundo de hoje. E não me venham falar de caridade. Se a Igreja Católica quer ser útil pela vertente da caridade, então que mude de nome e negócio e se formalize como uma simples ONG.
O que as ovelhas exijem é um pastor. Como Jesus foi. Como todos os "fundadores de religiões" foram. Que patética é a forma como adoramos todos debater o preservativo e a problemática da pedofilía nas fileiras religiosas. Ad nauseum.

Apenas ovelhas a gritar pelo pastor. E é, de facto, um espectáculo comovente.

E hoje, a 13 de Maio, na Cova da Iria, que pelo menos alguns dos crentes se sintam verdadeiramente em paz. Que a Igreja Católica consiga atingir o seu objectivo e acarinhe uma mão cheia das suas preciosas ovelhas. Como deve.

Divino Espírito Santo

Convido-vos a uma visita ao site da ESCOM.

Agora vamos jogar um jogo.
Vamos associar, de forma simples, as seguintes palavras:
- BES
- ESCOM
- Mercenários
- Guerra
- Armas
- Ministério da Defesa
- Paulo Portas
- Moderna
- Diamantes
- África
- Mário Soares
- Maçonaria
- PS
- Casa Pia
- Procuradoria Geral

Cheira tudo tão mal que o Tejo mais parece Chanel nº5
Louvada seja a justiça que se começa a fazer.

Que Fofinho

E não é que os nossos amigos felpudos da ANF responderam!!!

Exmº Senhor,

Antes de mais muito obrigado pela informação e pela a atenção com que segue as iniciativas das farmácias portuguesas.

Quanto às questões que coloca, diariamente, nas farmácias portuguesas, ocorrem situações em que, por razões de iatrogenia ou contra-indicação, aspirinas não são entregues, sendo dispensado outro medicamento, para o mesmo fim.

Existem dados objectivos e científicos sobre estas situações e poderemos enviar para a morada que nos indicar, dado não estarem disponíveis em formato electrónico.

Quanto à segunda questão, informamos que os dados que apresentamos são dados concretos e objectivos sobre a realidade nacional e internacional. Até ao momento ninguém colocou qualquer dúvida sobre a sua veracidade ou rigor. Não temos qualquer ideia pre-concebida sobre essas questões, apenas analisamos os factos, numa perspectiva da defesa dos interesses do país, dos consumidores e dos nossos interesses legítimos.

Somos 4000 farmacêuticos proprietários de microempresas.

A teoria económica não trata de igual forma o que é diferente, aliás existem situações, como é o caso da saúde, em que, tirando os EUA, não existe a aplicação do mercado perfeito. Sabe-se quais as consequências desse mercado perfeito para os consumidores americanos, particularmente para aqueles que não têm (ou deixam de ter, por exemplo quando perdem o seu emprego) acesso à saúde. São cerca de 35.000.000, por ano, que pagam mais do dobro pela sua saúde que os europeus. Nos estados unidos, por cada dólar gasto com os medicamentos, gasta-se 1,5 com a resolução de problemas com a sua utilização. Os Estados Unidos, apanágio do liberalismo económico e do mercado (im)perfeito, proibiram a importação de medicamentos de países como o Canadá, o Reino Unido e outros países da UE, pura e simplesmente para proteger o oligopólio das companhias farmacêuticas americanas a nível mundial.

Não há duvida, do ponto de vista da teoria económica, que o modelo português não é um monopólio. Será, no máximo, oligopólio, similar ao que se vai passando por esse mundo fora e muito menos vincado do que nas áeras da indústria farmacêutica ou da distribuição.

No fundo, limita-nos a revelar dados concretos para quem esteja disponível para os analisar com atenção, o que parece ser o caso de V. Exª.

Se pretender informações adicionais sobre o nosso sector, não hesite em contactar-nos.

Paulo Duarte
Secretário-Geral

Obrigado ANF

Abaixo reproduzo o email que enviei hoje à ANF. Fica, desde já, prometida a publicação da resposta.

Caros Senhores,

A propósito da liberalização da venda de medicamentos
não sujeitos a prescrição médica, a ANF tem, de forma
extremamente veemente, propagandeado os malefícios de
tal decisão governamental. Desde já, obrigado pela
Vossa preocupação com o bem dos portugueses.

Sabendo que, para os portugueses, a compra de
medicamentos no geral, e dos que não são sujeitos a
receita em particular, se rege por motivações tanto
médicas como económicas, agradecia que me
esclarecessem duas dúvidas:

- quantas vezes, na história das farmácias em
Portugal, foi negada a venda de Aspirina, a um
doente/consumidor?

- de um ponto de vista económico, que tipo de mercado
é mais vantajoso para o consumidor: o monopólio, o
oligopólio ou a concorrência perfeita?

Entretanto, enquanto espero a Vossa resposta, vou
continuar a seguir os sempre pedagógicos tempos de
antena da ANF, com que diariamente a comunicação
social nos tem brindado.

Obrigado
Rodrigo

Migrações Humanas

Acabei de me inscrever neste estudo espectacular sobre as migrações da raça humana.
Qualquer pessoa pode participar. Inscrevam-se!!!! Depois podemos comparar as qualidades dos macacos nossos antepassados. Uh uh uh.

E o próximo Jantar será... ->

Por favor votem de acordo com a vossa preferência!

1º de Maio

O 1º de Maio é o Dia Internacional do Trabalhador. Ponto.

Que Deus, ou alguém, perdoe os merdas que abrem o seu comércio avarento, para vender prendas, de última hora, aos idiotas que festejam hoje o Dia da Mãe.

Eu sou um desses idiotas. Tenho que ir a um Shopping comprar alguma coisa... já.

E assim, numa infeliz coincidência de datas, séculos de luta em prol dos direitos dos trabalhadores, se desvanecem e perdem significado.

Ao que nós chegámos.