O Fadista Madragoa

quarta-feira, abril 12, 2006

Quando o politicamente correcto cheira mal


"Responsável de lar de Setúbal absolvida
Tribunal considera castigos corporais a um jovem deficiente«aceitáveis»...
... O Tribunal de Setúbal condenou a arguida a 18 meses de prisão, suspensos por um ano, justificando a suspensão da pena com o facto de a mulher não ter cadastro"

in expresso.pt

Eu gostava de saber porque é que esta decisão do tribunal foi considerada notícia. Que jornalista e respectivo editor, já que estamos a falar de deficientes, dá o título de "mulher absolvida" e termina com "condenou a arquida"? Ou faltaram às aulas de Jornalismo, ou são burros, ou ajem de má fé.

Desde quando é que os encarregados de educação não podem bater em quem educam?
Desde quando é que devemos tratar um deficiente de forma diferente de um dito "normal"?
Porque é que idiotas que preferem tecer juizos de valor antes de explicar claramente os factos escrevem para o Expresso?

A dita educadora, provavelmente uma mulher de métodos questionáveis e criminosos, foi condenada por maus tratos. Ponto.
O tribunal achou apenas que, em determinados contextos não abusivos, fechar uma criança num quarto, dar palmadas e estaladas são métodos pedagógicos normais. Isso é verdade.

A Associação Portuguesa de Deficientes (que por razões de pseudo bom gosto politicamente correcto eu não posso qualificar como "atrasados mentais"), vem agora dizer "os deficientes devem ser tratados de forma diferente dos outros".
Sim APD, defendam a discriminação. Que bonito exemplo. Batam nos normais, mas deixem os coitadinhos dos anormais em paz.

Santa paciência.

Deixo uma sugestão de convívio. Sugiro que a APD inclua na sua lista de associados as bestas que escrevem este tipo de artigo para o dito orgão de comunicação social. Honoris Causa.
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